Caracterização de uma escola

A Condição Humana

Século XVI, Europa, enquanto Leonardo da Vinci, conclui a pintura Mona Lisa, centenas, senão milhares de judeus e cristãos novos são mortos no massacre de Lisboa, Maquiavel está escrevendo o príncipe, narrando profundamente, sobre os poderes do estado, sua organização política, e a forma na qual a sociedade moderna pode desenvolver toda sua humanidade, centrada, afastada da religião, independente de credos, enquanto os Otomanos derrotam os mamelucos, brutalmente tomam o Egito, o litoral da Arábia Saudita e o Levante, e ainda ao mesmo tempo em que católicos se vangloriam com o glamoroso teto da Capela Sistina à la Michelangelo , Hernán Cortés se prepara para a glória do assassinato de grande número de astecas através da tomada de Tenochtitlán.
Sim, somos agora independentes, defensores de estados laicos, somos iluministas, o teocentrismo é derrotado, pelo nosso orgulho humano, pelo nosso “antropo-orgulho”, para que precisamos de Deus se somos capazes de controlar a natureza, através da ciência, se somos capazes de evoluir infinitamente. Não há limites para o homem!
Por algum, ou melhor, por muito tempo, desde que a chama da civilização que dormia na Grécia antiga e em Roma se reacendeu no final da Idade Média, pensamos dessa forma, e realmente, os avanços tecnológicos obtidos principalmente no último século foram surpreendentes.
Entretanto, a humanidade não percebeu, de que encontrar sua condição humana, seria o maior desafio da modernidade, o próprio filósofo iluminista Emile Rousseau, já dizia: “Nosso verdadeiro estudo é o da condição humana.” Salientar que é um erro acreditar que estudar a condição humana através do ponto de vista exclusivo da sociologia, da história, da geografia política, e das ciências humanas como um todo é de suma importância, estas apenas demonstram um conhecimento de um saber que já passou, fragmentado e disperso no tempo, trazendo novamente à tona nossos questionamentos mais primitivos, o que é o mundo? A Terra? De