Características e aspectos do Pré-Natal como método de prevenção e promoção de saúde.
Durante a gestação, a ferramenta de maior segurança para a saúde da mulher é o Pré-natal. O Pré-natal é fundamental para prevenir agravos comuns durante a gravidez e beneficiar a vivência de uma gravidez serena, na qual a gestante sinta-se segura, pois é neste atendimento que a mulher pode prevenir e tratar as intercorrências que podem se agravar durante o ciclo gravídico e puerperal (BENIGNA; NASCIMENTO; MARTINS, 2004). Hoje em dia é comum as pessoas já terem ouvido falar do Pré-Natal. Mas nem sempre foi assim. As primeiras ações que visavam melhorar o bem-estar tanto da mãe como da sua criança iniciaram-se no século XX, quando alguns médicos começaram a pensar que talvez fosse interessante se fazer visitas domiciliares às gestantes e chegou a cogitar a internação hospitalar para algumas delas. Os primeiros serviços de atendimento pré-natal só surgiriam no Brasil nos anos 1920-30, sendo que só no pós-guerra eles realmente se estabeleceram. Mas até este momento, apenas se pensava em diminuir os agravos para a saúde da mãe, sem pensar no feto. Vivíamos um período em que a cesárea raramente era realizada, pois representava a morte para 40% das mulheres. Os bancos de sangue estavam ainda engatinhando e o primeiro antibiótico, a penicilina, apenas começava a ser aplicada, a um preço ainda proibitivo e com vários efeitos colaterais. Só nos anos 50-60, com a diminuição das taxas de morte materna, é que começaram a se preocupar decididamente com o feto e sua saúde ainda dentro do corpo da mãe. Então, começaram a perceber que o bebê era alimentado pela placenta e do quanto de oxigênio ele precisava para se manter vivo. Os médicos aos poucos foram se dando conta de como ele crescia e quais eram suas adaptações para viver fora do organismo materno. Foi um tempo de grande evolução, onde aquele ser misterioso que residia no útero da mulher foi progressivamente sendo descoberto.