Bolha Imobiliaria

O aquecimento do mercado imobiliário em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, com aumento nos preços e na oferta de imóveis, levanta preocupações de que exista uma eventual bolha imobiliária em cidades brasileiras.
O economista norte-americano Robert Shiller demonstrou preocupação com os altos preços dos imóveis nas maiores cidades brasileiras em sua visita ao Brasil. O “caçador de bolhas” como é internacionalmente conhecido antecipou o colapso no setor nos Estados Unidos que derivou na crise mundial de 2008, diz suspeitar agora que os preços anunciados se mantêm excessivos, apresentando uma taxa de crescimento sustentável. Mas só que a bolha brasileira, em suma, esta localizada no mercado comercial, e não no residencial como previa Shiller.
A crescente procura por prédios comerciais, galpões industriais, shoppings centers vem de investidores que precisam de lugares para guardar seus produtos, por exemplo, e um investidor só irá investir dependendo de como anda a atividade econômica local, ou seja, dependendo do Produto Interno Bruto (PIB), pois o mercado imobiliário é um espelho da economia do país, ele acompanha os altos e baixos típicos de uma economia de mercado.
Um estudo realizado pela consultoria imobiliária Cushman & Walkefield mostrou que a taxa de escritórios vagos subiu de 13% para 18% no ultimo ano, sendo o percentual mais alto desde 2005, onde há prédios vazios ou com meia dúzia de inquilinos. Em um outro estudo mostra que, em média, o preço do aluguel comercial caiu 15% em São Paulo, 10% no Rio de Janeiro e 7% em Recife no período de 2012 a 2013, mostrando que o mercado comercial é consequência da desaceleração da economia.
Uma preocupação que esta crescendo é no segmento de hotéis, onde, por conta da conta do mundo, algumas capitais brasileiras estão construindo hotéis em um ritmo desordenado; com uma estimativa do número de quartos dobrar até 2015, mas que depois que passar a copa, a taxa de ocupação poderá cair de 70% para 40% para a