Austin

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Austin caracteriza as condições pressupostas para a realização dos atos de fala, que consistem em uma combinação de intenções do falante e de convenções sociais com diferentes graus de formalidade. A satisfação dessas condições é o critério do sucesso ou fracasso da tentativa de realização do ato. As convenções são de natureza social e podem ser mais formais, por exemplo, no caso de um tribunal, ou mais informais, no caso de um grupo de amigos discutindo o resultado da final do campeonato de futebol. Mas em ambos os casos as convenções estão presentes e os falantes seguem as regras, normas, procedimentos habituais, com variados graus de formalidade, porém constitutivos de suas formas de conduta. Com freqüência, especialmente em circunstâncias informais, essas regras são implícitas, mas estão sendo aplicadas e isso se torna evidente quando são violadas. A doutrina das infelicidades proposta por Austin é precisamente uma maneira de lidar com esse aspecto dos atos de fala. Uma vez que o mapeamento ou a explicitação completa das regras pode ser uma tarefa inexeqüível, a análise dos motivos pelos quais alguns atos falham, ou são infelizes, é reveladora das regras que foram rompidas nesses casos e, portanto, pode ser uma boa forma de torná-las evidentes. Na ultima (12ª) conferência de Quando dizer é fazer, Austin propõe a seguinte classificação das forças ilocucionárias dos proferimentos em cinco tipos gerais:
1) veredictivos, que “caracterizam-se por dar um veredicto”, tais como absolvo, condeno, considero, avalio;
2) exercitivos, que “consistem no exercício de poderes, direitos ou influencias”, por exemplo, nomeio, demito, ordeno;
3) compromissivos ou comissivos, que “caracterizam-se por prometer ou de alguma forma assumir algo, comprometem a pessoa a fazer algo”, incluindo prometo, juro, aposto;
4) comportamentais, que “constituem um grupo muito heterogêneo e têm a ver com atitudes e comportamento social”, tais como agradeço, saúdo,

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