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O setor de autopeças é considerado como o conglomerado de empresas fabricantes de peças e componentes para veículos automotores, desconsiderando-se os diferentes segmentos de atuação.
A principal característica da indústria de autopeças é a grande heterogeneidade de seus produtos. Desde os metálicos até os plásticos, existe uma grande diversidade de insumos utilizados na produção das diferentes partes e componentes de um automóvel. Também dentro dos diferentes segmentos de mercado, existe uma grande complexidade e variedade de empresas. Ou seja, coexistem nesta indústria empresas de tamanhos distintos, produzindo autopeças bastante diversificadas.
2.1. Estrutura de Mercado
De acordo com dados de 2010, publicado pelo Sindicato Nacional da Indústria de
Componentes para Veículos Automotores – Sindipeças, o setor é composto por 504 empresas, as quais atendem basicamente à demanda de dois segmentos diferentes: montadoras de veículos e reposição de peças. Considerando a inserção no mercado mundial, as montadoras, possuem forte poder de influência e barganha diante de seus fornecedores de peças e componentes (Oligopsônio).
No mercado de reposição, existe certo equilíbrio. Há um grande número de empresas, fabricantes de peças paralelas, atendendo à uma demanda pulverizada, com grande número de compradores, o comércio de autopeças e as oficinas mecânicas. Dessa forma, pode-se dizer que, do ponto de vista concorrencial, quatro fatores principais fazem a diferenciação das empresas no setor de autopeças: i) Tamanho; ii) Propriedade do capital; iii) Sofisticação tecnológica; e iv) Estratégia de mercado.
Assim, o setor se apresenta em dois grandes grupos:
• Grandes Empresas – formado por empresas estrangeiras e nacionais, fabricantes de produtos tecnologicamente sofisticados, que abastecem as montadoras de veículos. Em alguns casos, as empresas exportam diretamente para montadoras ou para o mercado de reposição, além de exportarem indiretamente,