Atendimento breve

O atendimento breve numa perspectiva fenomenológica, não utiliza o modelo clinico da psicologia tradicional, embora o uso dos testes tenha contribuído muito para o psicodiagnóstico, a compreensão ocorria através de uma soma de características onde o principal era a exatidão nos testes. No modelo tradicional, o terapeuta é quem possui o poder e o cliente é quem vai receber o conhecimento do psicólogo após os testes e entrevistas, qualquer que fossem as técnicas usadas, testes, projeções ou entrevistas o psicólogo no inicio tinha essa obrigação de ter informações precisas sobre os pacientes. A relação psicólogo e paciente seguia o preceito de que a partir de algo já constituído (técnica e prática) não era possível o envolvimento entre eles para não perder a precisão do resultado dos testes. Então isso acarretava o poder todo na mão do psicólogo e o paciente seu papel passivo diante dele. Criticas foram levantadas sobre esse tipo de psicodiagnóstico tradicional que colocava o paciente de forma reducionista, assim o psicodiagnóstico revelava o problema embasado na teoria, ficavam muito fechado, esquecendo a parte de fora, as outras possíveis causas para aquele sofrimento, isso não era ampliada, o que levava a redução do problema do paciente, o tornado passivo e condicionado aqueles resultados. Com o tempo, surgiu o psicodiagnóstico fundamentado na psicanálise, em testes projetivos e em entrevistas psicológicas que a essa época já se haviam desenvolvido. A análise dos testes passou a ser interpretativa, mas a relação entre o psicólogo e o paciente continuou distanciada.
Através da perspectiva fenomenológica, há uma mudança na relação cliente-psicólogo. Aqui o profissional, não busca apenas por um diagnóstico do cliente, e sim em desenvolver junto com o paciente, o autodiagnóstico, tornando o paciente um ser ativo no processo terapêutico, participando do diagnóstico e da solução. O psicólogo procura facilitar mudanças positivas, possibilitar uma gama maior de escolhas,