Assistente social

Iamamoto (2008), em seu manuscrito, Serviço Social em tempo de Capital Fetiche, contribuiu para uma análise teórico-metodológica, em termo de exercício profissional, no contexto da dinâmica da economia mundial. A autora disserta sobre a visão de vários autores, na perspectiva de fazer uma abordagem crítica do exercício profissional do assistente social. A questão social é objeto de difícil mensuração no cotidiano, por isso depende de um esforço coletivo, no âmbito crítico e metodológico, no campo da prática do fazer profissional. Faleiros (1996) desenvolve suas reflexões a partir da correlação de forças inseridas no processo de lutas de classes dominantes e dominadas. Para ele, a natureza do exercício profissional está voltada para a relação de poder1, ou seja, no processo de defesa dos interesses de um grupo em relação a outro grupo2. Então, o modo de articulação de interesse de cada grupo está sempre em conflito entre si. É nessa complexidade de interesses antagônicos é que está inserido o exercício do assistente social, atuando de forma extremamente diversificada. Os Autores Sociais, então, estão sempre sofrendo mutações, na tentativa de conciliar o interesse individual do coletivo nas condições estruturais do capitalismo. O assistente social não deve apenas tentar eliminar tensões, legitimando ou compensando desigualdades sociais, políticas e econômicas, como um recurso salvacionista, mas propor uma melhor relação entre os mesmos grupos sociais. A abordagem de Faleiros propõe uma política de modificação de comportamento segundo os valores sociais dominantes, por meio de uma relação profissional, que ele denomina “paradigma das relações interpessoais”. Essa mudança de comportamento visa articular uma política de intervenção estatal e grupos sociais, buscando uma nova relação social mais humanizada e não apenas de exploração da mais valia. A crítica central de Iamamoto a Faleiros é voltada para a noção de poder, por se “tratar de uma noção