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A linguagem é o que situa o homem em um determinado contexto social, histórico e cultural e o torna capaz de interagir comunicativamente com o meio. A pragmática busca compreender essa interação que há entre linguagem e comunicação, e aquilo que se encontra nas entre-linhas.
Um dos mais importantes princípios da pragmática de Grice é o da Cooperação, que defende que na comunicaçao devemos colaborar com o nosso interlocutor, a fim de que os critérios da comunicação sejam alcançados. Para que uma comunicação seja bem-sucedida, Grice apontou um conjunto de quatro máximas conversacionais: a da Quantidade, qualidade, relação e modo.
Um dos gêneros textuais que mais quebra tais máximas é o debate politico-eleitoral, que tem por objetivo persuadir o telespectador e provocar o adversário levando-o a expor sua face publicamente. Segundo Marcuschi, este gênero não é apenas um tipo de discurso, mas um mecanismo de controle de um indivíduo sobre o outro, o que pode ser considerado um poder intitucionalmente derivado, ou seja, intrínseco ao tipo de evento. Dessa forma, a quebra de máximas se torna recorrente em tal modalidade textual, pois há um contexto de imprevisibilidade, exige um comportamento defensivo das propostas de cada candidato e também a desqualificacao do discursos do adversario, para que assim protejam suas faces.
É por isso que embora Grice tenha elaborado o principio da cooperação, ao se falar em linguagem não podemos deixar de considerar variáveis como o momento da interação, os participantes, os objetivos e as motivações. Todo o contexto se torna essencial para a compreensão da troca verbal.

O que nos define como pessoa humana e nos diferenciam dos outros animais, é a capacidade que possuímos de usar a linguagem e de sermos dotados de motivações e intenções. Essas motivações e intenções regem toda a interação comunicativa que leva o indivíduo a fazer suas escolhas quando falamos. Desse modo, temos o estudo da pragmática, que