As Disparidades Regionais No Brasil E A Gera O De Emprego 01052011

915 palavras 4 páginas
As disparidades regionais no Brasil e a geração de emprego.
Ricardo Lacerda*
Inicio com o presente artigo, uma pequena série de análises sobre a evolução das desigualdades entre as regiões brasileiras na primeira década do século XXI. Alguns pesquisadores têm apontado que, ao longo dos últimos anos, as largas disparidades econômicas e sociais entre as regiões brasileiras se reduziram de forma significativa, ainda que os indicadores regionais de desenvolvimento mantenham diferenças muito amplas, como ilustra o fato de a renda familiar per capita no Nordeste se limitar a 53% da média da região Sudeste, em 2009.
Para exemplificar como as disparidades regionais de renda vêm diminuindo, basta observar que a renda per capita familiar do Nordeste, em 2001, representava 43% da média do Sudeste, segundo estudo da FGV. No caso de Sergipe, o movimento de convergência foi mais rápido do que o da média da região Nordeste, passando de 44% da renda per capita do Sudeste, em 2001, para 62%, em 2009.
O ritmo de convergência dos indicadores tem acelerado nos últimos anos, ainda que haja muito terreno pela frente até estreitar tais disparidades a níveis civilizados. No artigo de hoje, será examinado um aspecto dos mais interessantes deste processo de convergência: a evolução do emprego formal nas regiões brasileiras.
Emprego formal
Entre 2000 e 2009, o número de brasileiros com emprego formal aumentou 57%, com uma expressiva taxa de incremento anual médio de 5,1%, passando de 26,2 milhões para 42,2 milhões de pessoas. O ritmo de geração de emprego formal se intensificou a partir de 2004, fazendo com que a taxa de crescimento anual médio tenha subido para
5,7%. Os dados são do Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego.
Nas regiões mais pobres, Nordeste, Norte e Centro- Oeste,a geração de emprego formal foi mais acelerada do que nas regiões de rendas per capita mais elevadas, o Sudeste e o
Sul. Desde 2004, o emprego formal cresceu anualmente, em

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