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Não sejamos opressores...

Hoje, nós gostaríamos de conversar um pouco sobre algo que desestabiliza o comportamento humano: a sede de poder, de ser reconhecido e de possuir.Esses problemas ocorrem em profusão na área educacional (essa é nossa área de atuação); quem é professor, sabe muito bem do que estamos falando: não faltam “pequenos ditadores” nesse meio. Paulo Freire, em seu Pedagogia do Oprimido, conversou sobre isso, alertando sobre o perigo do oprimido se transformar em opressor.Vejamos o que o eminente mestre pernambucano, que foi grande por sua simplicidade, tem a nos dizer:
“Quem melhor que os oprimidos, se encontrará preparado para entender o significado terrível de uma sociedade opressora? Quem sentirá, melhor que eles, os efeitos da opressão? Quem, mais que eles, para ir compreendendo a necessidade da libertação? Libertação a que não chegarão pelo acaso, mas pela práxis de sua busca; pela necessidade e reconhecimento da necessidade de lutar por ela”.
(....)” Há algo, porém, a considerar nesta descoberta, que está diretamente ligado à pedagogia libertadora. É, que, quase sempre, num primeiro momento deste descobrimento, os oprimidos, em vez de buscar a libertação na luta e por ela, tendem a ser opressores, ou subopressores.A estrutura de seu pensar se encontra condicionada pela contradição vivida na situação concreta, existencial, em que se “formam”.O seu ideal, é, realmente, ser homens, mas, para eles, ser homens, na contradição em que sempre estiveram, e cuja superação não lhes está clara, é ser opressores. Estes são o seu testemunho de humanidade”.

(...)”A sua visão do homem novo é uma visão individualista.A sua aderência ao opressor não lhes possibilita a consciência de si como pessoa, nem a consciência da classe oprimida”.

“Desta forma, por exemplo, querem a reforma agrária, não para se libertarem, mas para passarem a ter terra e, com esta, tornar-se proprietários ou, mais precisamente, patrões de novos empregados”.
Nós, que lutamos,

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