Artigo A Revolta da Vacina

A Revolta da Vacina
Em 31 de outubro de 1904, a pedido do até então médico Osvaldo Cruz o congresso aprova a Lei que torna obrigatória a vacina antivariólica, aplicada com sucesso na Europa, mas desconhecida no Brasil. Embora tivesse o objetivo de transformar o Rio de Janeiro em uma Metrópole Moderna, as medidas tomadas pelo prefeito Pereira Passos e seus colaboradores afetaram brutalmente as camadas mais pobres. Desenformada sobre os verdadeiros motivos da medida e desconfiada de tudo que vinha da parte do governo, a população do Rio de Janeiro revoltou-se contra a vacinação obrigatória. Essa manifestação popular colocou em risco o plano de saneamento organizado pelo médico Osvaldo Cruz, elaborado junto à politica de modernização do espaço urbano. Palavras Chaves: (Vacina, Osvaldo Cruz, Revolta).

A Revolta da Vacina foi uma grande manifestação popular que ocorreu na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 10 e 16 de novembro de 1904, contra a imposição da vacinação obrigatória. O objetivo do governo era erradicar certas doenças tropicais como febre amarela, varíola, malária e peste, além de melhorar as condições de higiene da então capital da república o Rio de Janeiro. O plano de saneamento, organizado por Oswaldo Cruz, foi elaborado em sintonia com a política de modernização do espaço urbano do prefeito Pereira Passos. Um dos principais problemas enfrentados pela cidade do Rio de Janeiro no final do século XIX início do século XX, era a falta de saneamento básico e de higiene. Estes problemas facilitavam a propagação de doenças graves e por consequência provocavam uma imagem negativa da cidade no exterior. Devido à situação sanitária caótica, o presidente Rodrigues Alves (1902-1906), nomeou o sanitarista Oswaldo Cruz como diretor geral do Departamento Federal de Saúde Pública (DGSP) do governo federal, cargo equivalente ao de ministro da Saúde atualmente. O primeiro passo era erradicar a