Artigo sobre o livro de cesare brandi
Em seu livro, Brandi afirma que ‘a restauração constitui o momento metodológico do reconhecimento da Obra de Arte, na sua consistência física e na sua dúplice polaridade estética e histórica, com vistas à sua transmissão para o futuro. ’ (BRANDI. 2004: 30)
Aonde podemos destacar os princípios fundamentais da sua teoria, a iniciar pela absoluta necessidade do reconhecimento da obra como obra de arte. Ela é indivisível e tem uma unidade potencial. Em segundo lugar, a realidade física da obra que representa o lugar da manifestação da imagem, assegura sua transmissão ao futuro e garante definitivamente sua percepção na consciência humana.
Em seguida, a dupla polaridade estética e histórica da obra. Pois, o aspecto estético e histórico realizado em certa época e lugar e que permanece em sua outra época e lugar.
Podemos concluir que durante o processo restaurador, toda intervenção deve ser dirigida para a recuperação da estrutura física da obra, permitindo assim que os valores nela presentes se manifestem integralmente. Nesse processo, é a conjugação de conhecimentos científicos, estéticos e sócio-históricos que fixaram os limites da intervenção.
Em seu capítulo, sobre a ‘A restauração Segundo a Instância da Historicidade’, Brandi define e destaca a importância da ruína, do momento - limite, da conservação ou da remoção de adição e/ou de refazimento, e do valor histórico e estético para definir até onde pode chegar à intervenção restaurativa, para a qual devem ser considerados os diferentes tempos, desde o tempo em que a obra foi criada até o tempo em que ela vai sofrer restauração.
Com relação à Ruína, Brandi define que só se poderá chamar de ruína algo que testemunhe um tempo humano. (BRANDI. 2004:65)
Seguindo seu pensamento podemos dizer que a ‘ruína é a obra de arte que perdeu sua unidade