Arte formalista
Como a conhecemos hoje se deu no Renascimento, época em que a pintura e a escultura viviam seu auge e foram ao lado da Música e da Literatura, elevadas ao patamar de arte. Os artistas foram cada vez mais valorizados, suas obras passaram a ser comercializadas e nasceu o fetiche pela mercadoria concreta de seus trabalhos. Os pintores foram aproximados das cortes e passaram a ter o papel de representar os nobres da melhor forma possível. Suas pinturas foram ousadas na medida em que aproveitavam para colocar seus pontos de vista sobre o mundo reforçando seu pensamento. É por isso que os grandes pintores do período pós-Renascimento, não só os que pintaram os nobres, mas também os que desenvolveram na própria pintura, como em trabalhos paralelos seus estilos de representação do real e do imaginário.
O fetiche pela mercadoria aumentava e dava vazão ao fetiche pelo trabalho do artista. Nem mesmo era preciso se entender de arte – como ainda não é – para ter posse de uma obra. Diferente da Música, que requisitava a presença para ser apreciada, ou da Filosofia, que necessita estudo e dedicação, a Pintura e a Escultura podem ser apreciadas e, antes de tudo, possuídas. E a posse é o desejo burguês.
A Igreja, clássica patrocinadora da pintura e da escultura, perdia espaço para seus novos patrocinadores: os empresários, comerciantes, navegadores e a própria corte. A partir de então, a pintura e a escultura foram fomentadas como nunca na história, e tiveram papel de destaque tão grande no mundo das artes que passaram a ser quase