Apreciação do livro "O Discurso do Método"
O livro não foi escrito para nos dizer como devemos seguir, apenas traz o caminho que o próprio autor seguiu para chegar as suas conclusões nos trazendo sua visão onde todos nós acreditamos estarmos bem dotados de bom senso ao ponto de não precisarmos obter mais do que possuímos, porém poucos são os que sabem o que fazer com o bom senso e por sermos cada individuo único, determinamos cada um a seu modo o que é certo e o que é errado, o que é bom e o que é mau e o que é verdadeiro do que é falso. Por sermos tão únicos em nossa forma de agir e de pensar, muitas vezes aquilo que julgamos ser bom ou correto pode não fazer o mesmo efeito em meu semelhante e isso ocorre não por alguns indivíduos terem melhor senso do que outro, mas sim porque não avaliamos os mesmos critérios de julgamento para nossas ações e decisões.
Para se distinguir o verdadeiro do falso, nada melhor do que criar suas próprias conclusões com base no que se aprende no cotidiano, não dentro de um escritório especulando sobre o correto e o errado, mas sim vivendo, e conhecendo opiniões, lugares e culturas de diferentes povos, para que se tenha contato com as mais variadas formas possíveis de julgamento, de formas de pensar e agir, aquilo que seria de bom senso para um oficial do exército francês, pode não ser tão bom quanto vê um curandeiro de uma aldeia no Sudão, o que para o meu povo chega a ser esdruxulo e ridículo pode ser normalmente aceito por outros povos e não podemos nunca nos prender a nossa vaidade de achar que aquilo que vemos e aquilo que pensamos seja uma verdade absoluta. Mas ainda assim existe um método mais claro de análise: analisarmos a nós mesmo, nossos pensamentos e espíritos, é ainda mais aproveitador para chegarmos com mais clareza na melhor direção do caminho a se seguir.
Descartes despe-se de seus conceitos, pré-conceitos e “verdades absolutas” para criar uma concepção nova de julgamento, de forma,