Análise - Poemas - Modernismo

634 palavras 3 páginas
UMA ODE E UM CÂNTICO QUE EXULTAM A REVOLTA: ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE CÂNTICO NEGRO, DE JOSÉ RÉGIO E ODE AO BURGUÊS, DE MÁRIO DE ANDRADE1

Francisca Carolina Lima da Silva
Otávila Cristina Barbosa Gomes2

Ode ao Burguês

O titulo já genuinamente sarcástico, intui que o autor faria uma homenagem consagrativa a burguesia paulistana, já que trata-se de uma ode, que no cerne de sua significação quer dizer cântico de exaltação, porém, já no inicio do poema constatamos o contrário, um vingativo ataque de fúria contra o superficialismo de uma sociedade corroída pela rotina costumeira, influenciada pelos padrões italianos e franceses.

Cântico Negro

Também já usa da ironia no próprio título, que apresenta um paradoxo entre as duas palavras queo o compõem: “cântico”, que é um tipo de hino que exulta coisas boas, é adjetivado aqui pela palavra “negro”, que remete a tristeza e obscuridade. Mas além dos títulos que apresentam um teor semelhante, podemos encontrar vários outros aspectos convergentes entre os dois poemas, assim como algumas divergências. Dispusemos tais aspectos no quadro a seguir:

CÂNTIGO NEGRO
ODE AO BURGUÊS
- Anarquismo/Autonomia
- Ironia iniciada pelo título (ODE =ÓDIO)
- Recusa a alienação comum, canta a independência frente aos estereótipos.
- A mistura democrática de povos na cidade de São Paulo.
- Ironia ao clássico, arcaico, antigo, antiquado.
- Raiva ao homem superficial.
- Amor pelo que não existe, pelo inalcançável, pelo não palpável, em detrimento da objetividade e credulidade comprovada da aristocracia.
- O poder aristocrático disfarçado pela democracia.
- Sem religião ou dogmas que o prendam a costumes ou concepções impostos pela moral ou pela ética.
- Sociedade corroída pela rotina burguesa, que impõem estereótipos e costumes à massa, sarcástico ao falar desses hábitos burgueses.
- Revolta e Liberalismo
- Futilidade, preferem passar fome a perder a pose ou colocação social.

- Critica a religião inventiva e

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