Análise Crítica - A Ciência do Consumo

ANÁLISE CRÍTICA – “A CIÊNCIA DO CONSUMO”
Gustavo Henrique de Andrade

"Uma realidade fundamental da nossa vida é que em geral não precisamos de nada. Poderíamos viver de massa, frutas, legumes, vinho, azeite de oliva e talvez algumas roupas de baixo e meias. Tudo no século XXI é uma compra arbitrária!"– Paco Underhill, consultor de varejo. Paco está correto. Para vivermos não precisamos consumir tanto quanto o fazemos hoje. O consumo hoje está mais ligado a status e prestígio social, do que a uma real necessidade que temos para sobreviver.
O consumo, hoje, pode ser visto sob vários pontos de vista. Se vermos pelo lado bom, ele gera e faz o capital mundial girar, trazendo riqueza tanto para países e cidades como também para empresas. Pode trazer sensações que vão de paz até tristeza, pelo simples ato de consumir um produto (que na maioria das vezes, não é realmente necessário).
Desde o surgimento do primeiro supermercado do mundo, o King Cullen, inaugurado em 1930 pelo empresário americano Michael Cullen, o consumo tem se tornado tradicional para as pessoas. Supermercados desenvolveram estratégias, desde de marketing cruzado, que é a ideia de colocar produtos que não tem nada a ver um com o outro lado a lado na prateleira, simplesmente para te lembrar que você também pode levar alguns itens a mais, até deixar pequenos itens “tentadores” no caixa (como chicletes, balas, aparelhos de barbear), que você verá e, por impulso, comprará e levará pra casa. No supermercado, tudo é pensado. Os itens que realmente importam vão ficar sempre no fundo da loja, para que o cliente tenha que atravessar o supermercado inteiro a fim de ver outros produtos e, instintivamente, compra-los. Com a chegada dos hipermercados, a oferta de produtos cresceu e a estratégia também. "O supermercado comercializa cerca de 8 mil itens, enquanto o hipermercado oferece de 20 mil a 50 mil itens", afirma a publicitária Heloísa Omine, da ESPM, em São Paulo. Com estratégias de marketing, o preço