Análise comparativa de “A vida é sonho” de Calderón e a música “Sonhos, sonhos são” de Chico Buarque.

579 palavras 3 páginas
Análise comparativa de “A vida é sonho” de Calderón e a música
“Sonhos, sonhos são” de Chico Buarque.
Na música o eu lírico descreve vários momentos, alguns com sua amada, alguns nos remetendo a momentos ruins, outros ainda parece estar perdido, uma descrição que remete à vida, ao cotidiano. Percebe-se que é grande o amor nutrido por essa amada desde o começo e durante a música ele tenta conquistá-la. Por fim, o eu lírico diz que tudo não passa de um sonho, pois mesmo estando fisicamente juntos o amor desta nunca o pertenceu.

“Sei que é sonho
Não porque da varanda atiro pérolas
E a legião de famintos se engalfinha
Não porque voa nosso jato
Roçando catedrais
Mas porque na verdade não me queres mais
Aliás, nunca na vida foste minha.” (Chico Buarque, 1999).

É como se um sentimento de decepção, desilusão tomasse conta do eu lírico, não importando mais a riqueza, bens e lutas. Ao desistir desse sonho, desiste de toda uma idealização que foi construída em torno desse amor. Quando diz ”E se cai e se levanta noutro sonho” é porque o sonho idealizado acabou mas outro sonho começará, com outra pessoa, ele caiu por não alcançar a correspondência de seu sentimento, entretanto levantará ao nutrir apego por outra pessoa.
Na peça, Segismundo é trancado, por seu pai, em uma torre ao nascer devido a uma profecia do oráculo. Passam-se anos, Basílio, pai de Segismundo e rei da Polônia, resolve dar uma chance a seu filho. Arquiteta um plano em conjunto com seus servos e sobrinhos. Segismundo ao acordar no palácio não sabe se é sonho ou verdade o que está vivendo, age de forma desmedida e é posto para dormir novamente. Ao acordar Segismundo vê-se novamente preso, iniciando assim um monólogo. Diz que “o homem que vive, sonha o que é, até despertar.”
Nesse ponto os dois textos se cruzam, pois o sonho e o real se cruzam.
O real é o que acontece agora, o resto é ilusão, não sabemos o que de fato irá acontecer daqui a um dia, podemos imaginar/sonhar. O eu

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