Antígona e o direito

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A tragédia Antígona nos proporciona uma reflexão crítica entre Direito e Moral. Os posicionamentos na obra estão bem definidos entre as personagens, Creonte utiliza o Direito como ponto de argumentação e Antígona representa a Conduta Moral. A obra não tem como objetivo sobrepor a Moral sobre o Direito nem vice-versa, mas sim mostrar uma discussão de diferentes posicionamentos defendidos por cada personagem, e que dependendo da situação os mesmos podem ser complementares ou contrários.
Analisando as contradições entre Direito e Moral, os protagonistas particularizam seus posicionamentos, negando totalmente o outro. Creonte faz uma apologia de obediência cega ás leis a ao Estado, para ele o Direito deve assegurar a ordem social de maneira com que haja a separação entre o legal e o moral, pois o moralmente justo nem sempre coincide com o legalmente justo. Já Antígona se apega aos valores morais, defende que acima das leis editadas devem ser respeitada a lei maior de caráter divino, pois as leis são racionais, e a razão sendo o bem maior dos homens é dada pelos deuses, então que as leis divinas expressam é uma justiça racionalmente válida. Entretanto nesse conflito não há vencedores apenas vencidos. Tanto Creonte quanto Antígona foram desmedidos e sofreram as consequências de seus atos, esta ao menosprezar e julgar-se superior as leis do Estado, pagou com a própria vida por sua desobediência civil. Creonte contraria as leis divinas provocando a morte do filho, da esposa e torna-se um morto vivo.
Diante dessas considerações podemos perceber que Direito e Moral não devem ser vistos como objetos de oposição, pois a interdependência entre as leis de Estado e a Moralidade geram conflitos, colocando em risco a estabilidade social e a segurança jurídica. O Direito deve está vinculada a esfera Moral para que convivamos numa sociedade politicamente organizada e como realização plena de

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