Analise sociologica da empresa

A empresa é um fenômeno econômico, complexo e que surte efeitos dentro da esfera do Direito. E, justamente assim ela é tratada no âmbito do nosso Código Civil, como mera expressão de atingimento das ambições econômicos de seus proprietários e administradores. Na esfera desse conflitos entre proprietários e os efetivos administradores da empresa, surge o ideal de governança corporativa.
Roberta Nioac Prado (conselheira de administração do IBGC) descreveu em linhas gerais o que viria ser a concepção de uma governança corportaiva:
"A Governança Corporativa encontra-se fundamentada em quatro princípios - transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa, a governança contribui com o comportamento dos administradores alinhado ao melhor interesse da empresa e de todos os seus sócios e demais stakeholders, prevenindo ou mitigando conflitos de interesse e contribuindo para a longevidade das organizações."
A mentalidade da sociedade no século XXI encontra-se profundamente modificada ao que se via quando do surgimento do fenômeno da empresa. A sociedade tem clamado por uma nova ordem econômica, onde a empresa não fique estritamente focada na auferição de lucros, mas que tenha um olhar diferenciado àqueles que contribuem direta ou indiretamente ao seu desenvolvimento (stakeholders), contemplando-os com ações que revertam para o bem comum e social.
Assim percebemos que empresas que cultivem a mesma “velha mentalidade” de lucro acima da agregação de valores a todas as partes interessadas, terão grandes dificuldades em se adaptar ao atual contexto econômico que vem se delineando através dos anos, mudanças das quais temos sido testemunhas oculares e que tomoram força e forma com a disseminação da Teoria Sociológica da Empresa na França.
A Sociologia da Empresa francesa1, dá a empresa uma ideia de realidade humana, dispondo de um vasto feixe de interesses diferenciados, a convergência desses feixes transformam os indivíduos envolvidos em atores sociais.