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Em concorrido simpósio na manhã desta segunda-feira, coordenado pelo pesquisador do Inpa Flavio Jesus Luizão, foi apresentado o Projeto Redes LBA (Low Biosphere Atmosphere), desenvolvido a partir de Manaus, que consiste num sistema de instalação de torres em áreas florestais para o monitoramento e entendimento dos mecanismos que governam as mudanças climáticas.
Este sistema permite compreender a influência da região amazônica em outras regiões.
A captação e o registro das emissões de isopreno na atmosfera e os maiores ou menores índices pluviométricos evidenciam que a floresta produz chuva. Os registros LBA vêm demonstrando, por sua vez, que o desmatamento provoca mudança drástica na atmosfera.
Durante 11 anos, a pesquisa do LBA em Alta Floresta (MT) vem evidenciando a quantidade imensa de partículas em suspensão, decorrentes da intensificação das queimadas na porção norte do estado de Mato Grosso, sendo possível acompanhar a dinâmica do carbono e os ciclos biogeoquímicos na atmosfera.
Em outro estudo que vem sendo realizado em Rondônia (dados de 1988, 1992 e 1996), as causas do desmatamento identificadas foram a abertura de pastagens, a extração madeireira, a agricultura em pequena escala e, agora, em grande escala (sobretudo soja), provocando compactação do solo e perda de nutrientes.
É possível ainda identificar vários níveis de impacto na paisagem através do corte seletivo, da fragmentação florestal e da manutenção da floresta em pé.
Um projeto do Inpa com o Smithsonian Institution vem avaliando a perda de nutrientes do solo pela queima de biomassa na Amazônia, onde os fatores de degradação tornam o solo improdutivo, como por exemplo, as pastagens invadidas por espécies secundárias no sistema de pouso. Um fator complicador é a demora para recuperar o ambiente.
As duas exposições seguintes trataram das alternativas para apressar a recomposição ambiental. A professora Ima Célia