ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA

A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO BRASIL
A evolução da gestão pública brasileira revela que os gestores públicos ainda têm muito a aprender com a iniciativa privada. Antigamente, com a predominância do patrimonialismo, não havia qualquer metodologia de gestão voltada para o alcance de resultados, tampouco se falava em adoção de formas diferentes de realização do trabalho, como hoje em dia se percebe, a exemplo do teletrabalho, ou home office.
O modelo de gestão patrimonialista, por não ser idealizado, baseando-se em critérios não profissionais de escolha de funcionários para o Estado, bem como circundado na corrupção, existiu até a sua saturação por parte da sociedade, que, analisando as novas perspectivas de gestão que o modelo mais moderno da época (burocracia) apresentava, iniciou sua busca, até sua implementação, no Brasil, pelo Governo de Getúlio Vargas, a partir de 1930.
Não obstante as características da burocracia se revelarem como um grande avanço na gestão pública nacional, em contraponto às práticas patrimonialistas, o modelo weberiano não conseguiu ser implementado por completo, da maneira como foi idealizado, haja vista que coexistiram, no Estado burocrático brasileiro, alguns vícios que remontavam ao Estado patrimonial, como o clientelismo e o status perseguido por alguns funcionários do alto escalão da administração pública. Além disso, as disfunções deste modelo de gestão, como o apego exagerado às regras e às normas, o grande formalismo, a centralização excessiva, a lentidão na tomada de decisões e a não observância da sociedade como detentora da coisa pública, deram ensejo ao surgimento das novas teorias da NPM (New Public Management), surgida na Inglaterra.
Da NPM nasceu o que chamamos hodiernamente de administração gerencial, que veio para se abalizar nas principais características da Teoria da Burocracia, como o chamado tripé burocrático da legalidade, impessoalidade e profissionalismo/meritocracia, visando a eliminar suas disfunções. Nessa