Administrador de empresas

O escândalo da Parmalat foi de repercussão mundial, a queda de um gigante. Nascida na
Itália em 1961, firmou-se como um dos líderes absolutos na produção e distribuição de leite UHT, tendo suas vendas atingido valor superior a 7 bilhões de dólares em 2002. Sua fraude foi exposta em 2003, época em que possuía instalações em 29 países e 36 mil funcionários.
Tudo começa em 1999, período em que atuava com leve prejuízo. Para não diminuir seu faturamento, passava suas dívidas para sua recém-formada subsidiária Bonlat nas ilhas Cayman, paraíso fiscal que garantia sigilo absoluto das aplicações de recursos. As dividas eram repassadas para essa empresa “associada” e sumiam do balanço da Parmalat, com o interesse de manter suas ações no topo e atrair investidores. Essa ocultação foi um tiro no pé. A empresa começou a levantar suspeitas quando anunciou um investimento de 500 milhões de euros num fundo administrado pela própria Parmalat nas Ilhas Cayman. Obviamente esse dinheiro era para quitar as dividas da Bonlat
(que na verdade eram da própria Parmalat!) e essa transferência gigantesca chamou atenção da
Standards & Poors, empresa de consultoria em investimentos aplicações. A trama foi exposta e os investidores estremeceram. Numa tentativa final de tranquilizar os acionistas, a Paramalat liberou um documento provando que possuía 3,45 bilhões de Euros no Bank of America nas ilhas Cayman.
O mesmo foi provado ser falsificado e só piorou a situação dos administradores do grupo.
Os problemas e consequências disso afetam diretamente os usuários da informação contábil e indiretamente as pessoas que dependem da empresa. O primeiro grupo inclui os acionistas que perderam muito dinheiro na venda das ações em queda vertiginosa da Parmalat; a própria empresa e governo italiano que passou a manter a empresa por meio de uma “administração controlada” observada por dois anos pelo Tribunal de falências pelo primeiro ministro Silvio Berlusconi para preservar os