Aborto - questão de vida ou morte
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Introdução
Para este trabalho de Filosofia, escolhemos o tema “Aborto: questão de vida ou de morte?”, pois o aborto constitui um problema motivado e agravado, muitas vezes, pela falta de informação da população. Este não é um assunto que se deva encarar como algo supérfluo e respeitante só a uma minoria da população, pois segundo estatísticas recentes, é um problema que afecta milhões de pessoas em todo o mundo, não podendo ficar ninguém indiferente. Infelizmente, a abstenção de 68,1% verificada no referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez realizado em 1998 no nosso país revela uma despreocupação da população portuguesa acerca este tema.
É também um assunto bastante polémico nos dias que correm. A curta estadia do navio da organização internacional pró-aborto “Women on Waves” (fig. 1), que tanta polémica gerou no nosso país a ponto de trazer este conturbado tema de novo para os meios de comunicação social de massa, teve como consequência a decisão de realização de um novo referendo sobre o aborto no nosso país, com data ainda indeterminada.
Vamos, portanto, incidir sobre esta problemática, facultando o máximo de informação com o objectivo de dissipar todas as dúvidas, avaliando as duas perspectivas (a favor e contra) deste tema. Assim sendo, começaremos por analisar os motivos que levam mulheres a praticar o aborto, a partir do qual se desenvolverão todos os outros assuntos.
Escrutinaremos a opinião científica, tentando definir o conceito “vida”, enumerando as operações abortivas, bem como as suas possíveis consequências físicas e psicológicas e apontando algumas medidas de prevenção. Seguidamente, examinaremos a posição de várias religiões, mais pormenorizadamente a da Igreja Católica por possuir um maior número de fiéis a nível europeu. Posteriormente, analisaremos o regime jurídico do aborto no mundo, mais particularmente em Portugal, e faremos um breve ensaio