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2159 palavras 9 páginas
A EPISTEMOLOGIA
A longa síntese da formação e desenvolvimento do pensamento geográfico que fizemos pareceu-nos necessária ao empreendimento do que se pode chamar a sua crítica epistemológica. Uma das advertências que Milton Santos faz em Por uma nova geografia se refere ao tema epistemológico, para ele essencial, do objeto. Não há, observa, como se poder definir a geografia se previamente não se tem a clareza do tema de base com que lida, reclamando ser o espaço este objeto. espaço para o sentido do vínculo ordenador da integração orgânica da relação do homem com o meio, convergindo para a noção do espaço como objeto, mas na perspectiva da compreensão de um termo da organização estrutural da relação homem-meio, numa relação de forma e essência. a concepção da geografia como um saber relacionado à clarividência do papel estrutural da organização espacial das sociedades na história, pressupondo-se vir daí a clarificação de tudo mais em geografia. A crítica epistemológica É um fato que poucas formas de saber lograram a popularidade da geografia. O mapa e a paisagem, para pegarmos dois exemplos, são signos que encontramos fazendo parte de nossa linguagem corrente, nos mais variados lugares: nas fábricas, nos lares, na televisão, nos comícios, nos quartéis, nas delegacias de polícia, nos organismos políticos, nas empresas, nas escolas, nos murais, nos out-doors das estradas. Provavelmente o fato de a geografia fazer parte da vida humana, a partir do próprio fato de que todo dia fazemos nosso percurso geográfico, de casa para o trabalho, do trabalho para a escola, da escola para o trabalho, pondo a geografia na própria intimidade das nossas condições de existência. As práticas espaciais, os saberes espaciais e a ciência geográfica .Isto porque tudo em geografia começa e se resolve nas práticas espaciais. Em geral, as práticas são atividades que ocorrem no âmbito da relação homem-meio no momento e na colagem da sua busca de prover-se de meios de sobrevivência. De

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