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 RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

Ai daqueles que pararem com sua capacidade de sonhar, de invejar sua coragem de anunciar e denunciar. Ai daqueles que, em lugar de visitar de vez em quando o amanhã pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui e o agora, se atrelarem a um passado de exploração e de rotina.
PAULO FREIRE

4.1 A Construção do Conhecimento Matemático Através da Resolução de
Problemas

Nas interações ocorridas entre alunos e professores em sala de aula, decorrentes do dia-a-dia, percebe-se que a Matemática é compreendida como uma ciência exata, em que os resultados são estruturados de modo dedutivo, a partir de simbólicos e abstratos. Ela é indispensável à solução de diversos problemas que se estruturam em outras áreas de conhecimento e no dia-a-dia. Também é considerada uma ciência “para poucos”, por exigir rigor de raciocínio e de exatidão.
Porém, se olharmos com determinação para o processo de construção do conhecimento matemático, observaremos que ele é dinâmico e caracterizado por inúmeros momentos, em que prevalecem os resultados obtidos de modo experimental e indutivo.
Notamos que no processo evolutivo da Matemática e da Educação
Matemática, a resolução de problemas vem sendo defendida por várias pessoas.
Um dos argumentos é que ela ajuda o aluno a entender e interpretar a realidade, assim como a própria Matemática em suas diversas facetas.
Diante disso, entendemos que cabe aos educadores matemáticos analisarem de que maneira a resolução de problemas deve ser trabalhada em sala de aula, para que os alunos consigam enxergar e entender a importância e as aplicações que a Matemática possui como um todo.

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4.1.1 O que é e o que não é um Problema Matemático
Polya (1962 apud HEMBREE; MARSH, 1993, apud ALLEVATO, 2005) expressa de maneira mais ampla que “ter um problema significa buscar conscientemente por alguma ação apropriada para atingir um objetivo claramente definido, mas não imediatamente atingível” (p. 152).
Dante (2000, p. 9), define um problema