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A escola literária moderna foi e é uma das mais importantes manifestações culturais do Brasil. Dentro do movimento moderno, podemos elencar várias características, como experimentalismo, oralidade, regionalidade, etc. Entretanto, tais características assumem caráter relativo, variando em função do autor e mesmo da fase do movimento de que estivermos tratando (posto que os modernos são divididos em 3 gerações).

De modo geral, entretanto, podemos entender esse movimento focando 2 de seus pontos principais: sua proposta estética e a ideológica.

ESTÉTICA – No que toca à forma, os modernos são claros ao propor inovações na linguagem. Podemos entender essa necessidade analisando a arte brasileira até o simbolismo, escola imediatamente anterior. Do quinhentismo* até o simbolismo, nossos escritores estiveram presos a seculares formas fixas de composição, como o soneto. O vocabulário era necessariamente culto, elevado, por vezes pomposo e científico, influenciado pelos ideais clássicos de busca da perfeição formal. A idéia dos modernos é romper com tudo isso, experimentando novas formas de expressão, mais de acordo com nossos tempos. Assim, principalmente na 1 fase, eles iniciam uma pesada batalha contra séculos de tradição clássica, dando-se o direito de não rimar, produzir poemas de até 1 linha, usar palavras genuinamente brasileiras, desprezar a gramática e zombar do academicismo morto em geral.

Convém lembrar que, devido ao forte comprometimento do Brasil com a arte europeizada, apresentar uma arte nova à sociedade foi tarefa difícil. Por isso, os modernos são mais radicais em sua primeira fase, chamada “fase da destruição”. É, exatamente, quando mais empregam os recursos de renovação lingüística, para destruir a prisão formal das escolas anteriores.

Quando o movimento evolui e amadurece, os modernos passam a fazer uso também de sonetos e formas e traços antes rejeitados por eles próprios. Entende-se que, num momento posterior, as inovações de linguagem

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