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No Brasil, considera-se o advento do moderno na literatura a partir da Geração de 1922, do chamado primeiro modernismo. A primeira fase, de 1920 a 1930, foi um período de grande explosão, englobando conceitos como o "desvairismo" de Mário de Andrade, presente em seu livro Paulicéia Desvairada3 , em 1921, num discurso contra o Parnasianismo e o Simbolismo e a favor de novas formas musicais, mais adequadas aos novos tempos. Outro movimento, surgido em 1925, foi o Pau-brasil, propondo uma literatura autenticamente brasileira, próxima do primitivismo. Em 1926, foi a vez do Movimento Verde-amarelo, que não acolhia uma ruptura com o passado, numa demonstração de conservadorismo. Em 1927, despontou um movimento regionalista em Bahia, cuja finalidade era de desenvolver um sentimento de unidade nacional nordestino. E, em 1928, surgiu o movimento Antropófago, propondo uma nova forma de nacionalismo, ao "devorar" simbolicamente os valores e influências estrangeiras. Assim, a principal ênfase na primeira fase do Modernismo foi relacionada às formas poéticas, enquanto que a fase seguinte voltou-se mais para a prosa.
A segunda fase, de 1930 a 1950, teve uma forte influência musical, coincidindo com a ditadura Vargas, e econômica, em função da Revolução mundial de 1929, com o crash da bolsa de valores (Nova Iorque). Foi uma época de agonia para os autores, o que conduziu - em paralelo ao regionalismo, já iniciado na primeira fase - ao início do trato com o problema social e rural, numa crítica social, com o intuito de contribuir para sua solução. O regionalismo tratou de perto o problema dos proletários rurais, oprimidos por senhores de terras e a miséria do homem do campo em certas regiões do país. Têm-se aí, na prosa, autores como Jorge Amado. Na poesia, surgem, por um lado, tendências que se afastam do verdadeiro modernismo, sem deixar de serem modernas, voltando-se para influências como o Simbolismo, como é o caso da poesia de Cecília Meirelles, e, por outro lado, poetas que

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