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A moeda deve seguir pressionada pela queda do preço de commodities e fortalecimento global do dólar, mas não espero uma dinâmica descontrolada. O dólar deve ficar na casa de R$ 2,80-2,90 para o final de 2015. A taxa de juros entre 12,50 e 13,00%. Contas externas devem melhorar muito ligeiramente na esteira de um saldo comercial melhor que o deste ano, refletindo câmbio mais fraco e demanda interna contida.
Neste contexto o desempenho do emprego deverá ser tão ruim ou pior que o deste ano, levando a alguma elevação do desemprego, para a casa de 6%. Resta saber quanto tempo a presidente agüentará esta seqüência de más notícias.
O que sabemos sobre 2015? Será um ano difícil. O crescimento será baixo. A inflação continuará teimosamente alta e a probabilidade de romper o teto de tolerância tem aumentado. A indústria continuará com dificuldades para atender a demanda interna, que continuará robusta, embora estagnada. As importações que vêm suprindo essa diferença de competitividade serão desestimuladas com o aumento da taxa de câmbio. Estimo que o valor de equilíbrio da taxa de câmbio atualmente seja entre R$ 3 - 3,10 por dólar. Todos os fundamentos apontam para a depreciação do real.
Com a diminuição da inflação em 2016 em função dos ajustes em 2015, a economia poderá ganhar tração novamente. É possível, inclusive, que os agentes antecipem esse movimento e tornem 2015 menos pior. Tudo depende da