10º ano ajudas

O conforto material parece ter suprimido o desejo dos japoneses. Pornografia e prostituição oferecem um prazer imediato e sem esforços. No Japão atual, o casal desaparece para dar lugar aos indivíduos. Cada um na sua própria ilha, preferindo a própria companhia em detrimento do outro, a masturbação em detrimento da sexualidade partilhada. O sexo deixou de ser um elemento de construção da identidade do casal, passou a ser uma simples questão de alívio. A fuga da realidade, a procura desesperada de um consolo, o individualismo, fazem parte dessa nova sexualidade egocêntrica. Será que o Japão é essencialmente diferente ou está simplesmente mais avançado ?
Os japoneses do Instituto Nacional de Sexologia define o termo Sexless (´Sem sexo´) para casais que têm um caso com uma frequência inferior a uma vez por mês. Mas como mostra este documentário O Império dos sem sexo, um inteligente jogo de palavras que evoca o filme O Império dos sentidos de Nagisa Oshima, cada pessoa tem o seu próprio conceito de abstinência. Há aqueles que, apesar de apenas fazer amor uma vez por ano ou até a cada dois anos, não são considerados ´Sem Sexo´.

A RTP 2 passou na passada sexta feira, pelas 23:40, o documentário francês sobre o Japão L’ empire des Sans de 2011 – traduzido para O Império dos sem Sexo - um inteligente jogo de palavras que evoca o filme O Império dos sentidos de Nagisa Oshima. Um título que equivoca e que nos deve levar a dissociar sexualidade de uma relação a dois com penetração e/ou contacto físico. De facto, contrariamente àquilo que possamos pensar, com isto não se quer dizer que os japoneses não pratiquem sexualidade ou, pelo menos, algum tipo de sexualidade. Cada pessoa tem o seu próprio conceito de vivência sexual. Apesar de apenas poderem fazer amor uma vez por ano ou até a cada dois anos, os indivíduos não podem ser considerados ´Sem Sexo´.

Encontrar-se casais designados como sexless (´Sem sexo´) no Japão é muito comum. Para os japoneses do Instituto