098123769508

482 palavras 2 páginas
Provavelmente já tenha notado inúmeras vezes ao ler alguma notícia de jornal, aparecer alguma palavra nova que se desconhece o significado e é possível que para entendê-lo seja preciso procurar em algum dicionário, mas como nem sempre eles estão disponíveis naquele momento, podemos recorrer á própria intenet. Há palavras que caem no gosto das pessoas. Entram na moda, por assim dizer. E não digo aqui de certos modismos de linguagem, daquelas expressões que parecem conferir ao texto ou à fala certo aval de erudição. O abuso dessas construções acaba produzindo o efeito contrário. De suposto ícone de prestígio (afinal, mimetizam uma linguagem formal) passam ao seu oposto. Há, entretanto, outras vogas mais sutis, que, todavia, parecem seguir o mesmo caminho da busca da distinção. Observe o leitor como parece menos vulgar o uso do verbo "colocar" que o de seus sinônimos "pôr" e "botar". Hoje até as galinhas andam "colocando" ovos por aí. A gíria se transformou no principal idioma da televisão do Brasil. Tudo por causa da audiência. Se o apresentador (a) usa uma linguagem escorreita (que ninguém, nem ele, sabe o que é), o programa vai pro buraco. A solução é falar gíria, tirando onda de inteligente. Se usa linguagem culta, o programa dá traço e vai pro vinagre. A solução é recorrer à gíria, a linguagem que todo o povo entende e compreende. Alguns apelam para a linguagem chula e o baixo calão, mas a apelação pode ser prejudicial. Até nas novelas a gíria é a linguagem escolhida. O mesmo fenômeno já se observara no rádio, onde os comunicadores querendo se aproximar do povão das periferias tem na gíria o seu equipamento lingüístico de trabalho. Os lingüistas brasileiros continuam esnobando a gíria, apresentada como uma forma errada de se expressar. E tem mais: lingüista que se presa não se ocupa de gíria. Para a maioria, gíria é coisa de desocupado, é uma anornalidade genética, biológica, etc e tal. O modismo é o lugar-comum cujo uso se intensifica num dado momento, por

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