Óptica

1.1 NASCIMENTO DA ÓPTICA
Apesar de alguns elementos como lentes e espelhos já serem conhecidos anteriormente, o embasamento teórico para explicar os fenômenos ópticos só se deu durante o século XVII, graças ao grande desenvolvimento de sua formulação matemática.
Nos anos seguintes, ocorreram alguns eventos que se caracterizaram pela utilização de sistemas ópticos que combinam duas lentes, nos permitindo citar, por exemplo:
• A invenção do telescópio refrativo, dispositivo que utilizava uma ocular côncava, patenteado em 1608 por Hans Lippershey (1587-1619);
• A construção do próprio telescópio por Galileo Galilei (1564-1642), descobrindo, em 1610, as luas de Júpiter, os anéis de Saturno e a rotação do Sol;
• A introdução do telescópio com ocular convexa por Johannes Kepler (1571-1630), utilizado em observações astronômicas que ficaram conhecidas como as leis de Kepler;
• A invenção do microscópio com ocular côncava pelo holandês Zacharias Janssen (1588-1632) por volta de 1609, seguida pela introdução do microscópio de ocular convexa por Francisco Fontana (1580-1656).
Também neste período, Willebrord Snell (1591-1626) introduziu a lei da refração (lei dos senos) em 1621, sendo deduzida pela primeira vez em 1637 por René Descartes (1596-1650), tratando a luz pela primeira vez como onda. Outra dedução utilizando o princípio de tempo mínimo foi feita por Pierre de Fermat (1601-1665), em 1657, pouco tempo depois de Heron, da Alexandria, ter introduzido o princípio de menor distância, que previa que os raios andariam sempre em linha reta, que é a menor distância entre dois pontos.

1.2 TEORIA CORPUSCULAR X TEORIA ONDULATÓRIA
Já na segunda metade do século XVI, Francesco Maria Grimaldi (1618-1663) descobriu o fenômeno da difração, tendo seus experimentos refeitos por Robert Hooke (1635-1703), que fez surgirem as primeiras idéias da teoria ondulatória. Em 1665, Isaac Newton (1642-1727) realizou experimentos que o levara à conclusão da composição espectral da luz