Santos=dumont: o inovador
Santos=Dumont: o inovador
Adriano Batista Dias Rio de Janeiro: Vieira & Lent casa editorial, 160 páginas.
Abraham Benzaquen Sicsú
Pesquisador Titular da Fundação Joaquim Nabuco, Professor Associado do Departamento de Engenharia de Produção da UFPE, atualmente Conselheiro do CADE – Ministério da Justiça
Escrito no ano alusivo ao centenário do vôo do 14-BIS, o livro de Adriano Batista Dias traz um contributo significativo para a compreensão do papel de Santos Dumont na História da Aviação. Cabe destacar, a priori, que o autor é um apaixonado pelos avanços científicos na área, desde seus 15 anos de idade, quando ganhou um prêmio da Aeronáutica na comemoração do cinqüentenário do primeiro vôo de Santos Dumont com um equipamento de maior densidade que o ar. E esta paixão não está ausente ao livro. Em alguns trechos nota-se que seu fascínio podem ter levado a uma visão pessoal, a qual pode ser questionada por outras óticas, em nada diminuindo a importância da obra. É o caso, por exemplo, da ligação de Dumont com o Brasil e a influência de sua infância na visão de mundo e na busca do bem comum. A leitura de um texto fluído e muito bem escrito traz contribuições significativas para a compreensão da História da Aviação, sempre contada sob a ótica dos países centrais e pouco analisada do ponto de vista dos países periféricos. O livro, com prefácio de José Mindlin, em nove capítulos, parte da forma, ção humanística do jovem Santos Dumont e no capítulo I, “Pátria Amada” relata a experiência dos primeiros anos de vida no Brasil, que atribui, em
Revista Brasileira de Inovação, Rio de Janeiro (RJ), 6 (1), p.225-233, janeiro/junho 2007
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RESENHA
grande medida, ser a responsável pela força de sua capacidade de inovar. Isso se complementa com o capítulo II, “O Cavalheiro da Paz” onde relata sua , formação e o apresenta como cidadão. Santos=Dumont: o inovador foi escrito defendendo uma tese, sem forma de tese, uma contraposição a um conceito de forte