O trabalho do assistente social nas empresas capitalistas
Os anos de 1980 foram marcados por mudanças nas empresas que foram determinadas pela nova dinâmica de acumulação capitalista e respondia à necessidade de integração de um mercado cada vez mais competitivo e globalizado. Tendo que se adaptar as novas formas de produção, as empresas capitalistas tiveram que criar novas estratégias de intervenção para se legitimarem e garantirem maior lucro. Nesse contexto de mundialização e financeirização do capital há também mudanças no que diz respeito à cultura profissional e suas funcionalidades. Observa-se que a partir dos anos de 1990 há um consenso em relação a conciliação de interesses que objetivam atingir metas de qualidade e produtividade. O Serviço Social dentro dessa lógica empresarial tende a se tornar cada vez mais heterogênio, sendo expressa através das formas arcaicas de trabalho, como terceirizações, subcontratações, além de um grande contingente de trabalhadores desempregados, que passam a não mais se organizarem politicamente. Dessa forma, o trabalho do assistente social se dá, junto aos trabalhadores, nas situações de trabalho que interferem na produtividade da empresa e na necessidade de reprodução material e de sua família. Há, portanto, um processo contraditório nessa atuação, haja vista que estabelece uma contraposição aos interesses empresariais, mas que precisam ser legitimados através de ações estratégicas. As empresas, embutidas em uma nova lógica social de uma nova cultura do trabalho utilizam-se de mecanismos para adequar-se à nova dinâmica de acumulação