O Romantismo e suas gera es no Brasil
Caracteriza-se pela implantação no país recém independente de ideias nacionalistas. Destacando-se nesse período Gonçalves de Magalhães, sendo o responsável pela criação de uma literatura nacional ainda não existente, uma vez que até aquele momento o que prevaleciam eram as correntes portuguesas, ou seja, a literatura brasileira ainda não tinha méritos de uma visão própria. O maior representante da poesia patriótica, o maior criador de poemas indianistas, nacionalistas, que constitui as primeiras manifestações de autenticidade, de expressividade romântica em toda a poesia brasileira é Gonçalves Dias, o poeta brasileiro mais original do século XIX. Antônio Gonçalves Dias (1823) tinha uma visão genuinamente brasileira. O índio teve seus privilégios de estar sempre presente em suas publicações, mesmo porque o índio de Gonçalves, figura real brasileira, não era fruto de idealização. Tratava o índio como substância poética e não como acessório, para o enriquecimento do estilo poético. Suas obras apresentavam estilo inovador, inspiradas na vida cotidiana da pátria Brasil. Se destacou com diferentes obras, dentre elas: “Canção do Exílio e I Juca Pirama”.
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias – canção do Exílio)
Meu canto de morte,
Guerreiros ouvi:
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo Tupi
(Gonçalves Dias – I Juca Pirama)
Os fragmentos acima ilustram com clareza a presença da primeira geração do romantismo no Brasil. É a chamada geração indianista (1840 – 1850); uma geração que assumiu, através da poesia a tarefa histórica com a qual se intensificaram muitos escritores românticos brasileiros: consolidar culturalmente a independência política do Brasil em relação a Portugal (1822). Criou-se também a necessidade de reforçar a consciência nacionalista.