O Rei da Vela

O Rei da Vela é uma peça em três atos. A história gira em torno das personagens Abelardo ( I e II), Heloísa, e Mr. Jones. Abelardo I é dono de um escritório de usura e Abelardo II é seu sócio. Após a crise de 29, através do investimento de capital estrangeiro, redescobriu e incentivou a produção de velas. Heloísa de Lesbos é descendente de uma família aristocrática falida e noiva de Abelardo I.
O primeiro ato se passa no escritório de Abelardo & Abelardo. Abelardo I atende O Cliente, que vem pedir renegociação de sua dívida. Seu pedido é negado. A partir daí vê-se os protestos contra Abelardo I e possível perceber nitidamente seu caráter no diálogo que se trava em seguida com Abelardo II. Heloísa entra em cena e deixa claro que seu relacionamento com Abelardo “é um negócio” (l.17, p.54). Logo após, o intelectual Pinote se oferece para fazer a biografia de Abelardo I, este recusa argumentando que precisa não de uma biografia verossímil, mas de uma história contada de acordo com seus propósitos e interesses. No final do primeiro ato é introduzida a personagem Mr. Jones.
O escritório do primeiro ato dá lugar à uma ilha tropical tendo o Rio de janeiro como paisagem de fundo no segundo. Abelardo I tenta seduzir sua futura sogra, D. Cesarina; dona Poloca vê a cena e o “repreende”. Heloísa e Belarmino entram em cena e comenta-se a contrariedade que há em queimar milhares de sacas de café enquanto a dívida brasileira aumenta a cada dia. Na conversa entre Mr. Jones e as demais personagens, é possível perceber o quanto o capital estrangeiro interfere na política econômica do país. Abelardo I ratifica o fato e apenas concorda com as afirmações do americano.Logo após apresenta-se Perdigoto, que pede dez contos de réis emprestados a Abelardo I. Este aceita, pois vê na proposta feita uma oportunidade de obter vantagens.
O cenário do terceiro ato é o mesmo do primeiro, só que à noite. Abelardo I fala com Heloísa. Entra Abelardo II. Os dois Abelardos conversam e subentende-se