O NEGRO NO RS SOCIOLOGIA
O Negro no Rio Grande do Sul.
Em meados do século XVII –XVIII, no sul do Brasil, a antiga província de São Pedro contou com a presença do negro desde o início de sua ocupação pelos portugueses. A escravidão para a economia regional é de grande relevância para a historiografia recente do Rio Grande do Sul colonial e imperial, diferentemente da historiografia oficial positivista, onde registrava pequena importância do negro na história do sul.
A participação do negro na construção da sociedade gaúcha se dá pela histografia de diferentes perspectivas teóricas, onde, o negro foi importante desde a indústria do charque (séc. XIX) até a introdução do trabalho assalariado na região, contribuindo também com sua expressão cultural.
Mario Mestre Filho (1979), levantou a questão da participação do negro na formação da população gaúcha, se mostrando polêmica, pois, nas ideias dos primeiros historiadores gaúchos, veio de um discurso “embranquecedor” no qual negavam a participação do negro na formação do povoamento gaúcho, de onde partia de um mito de um estado formado pela etnia branca. O caso de Manoelito de Ornelas é um exemplo disso, onde dizia que:
“O Rio Grande nascia do impulso desbravador de três correntes humanas, diferençadas nos seus propósitos, mas semelhantes nas suas origens raciais. E o lastro, em que se fundiam as correntes alienígenas, era o índio – o tape, no litoral, o guarani, nas missões e o charrua, nos plainos da Banda Oriental. Pelo oeste e sul, ingressavam os espanhóis com os estandartes cristãos dos jesuítas. Pelo nordeste, os mamelucos de Piratininga e Laguna, impelidos, não pelo sonho do ouro e das esmeraldas mas à procura dos rebanhos espanhóis e do índio traficável. Pelo litoral, os ilhéus, simples arroteadores da terra” (ORNELAS,1976, p.5)
As principais cidades escravistas do Rio