O Manifesto Comunista

O Manifesto Comunista de Karl Marx e Friedrich Engels descrevem, em sua primeira parte, as mudanças percebidas nos meios de produção e de comportamento ocorridas em consequência das alterações do sistema que passava de Feudal, para o Industrial, dos vassalos para os assalariados, dos pequenos produtores para o poder das maquinas e principalmente, da supressão dos valores religiosos pelos valores comercias e todas as consequências acarretadas por essas mudanças. No texto, Marx faz uma regressão para mostrar que a Luta de Classes não é uma exclusividade do período de industrialização, mas de toda a existência humana, e que foi somente acentuada por este, apenas foi modernizando-se junto com todo o resto da sociedade.
Cedendo às pressões impostas pelo poder da Burguesia através da industrialização, as formas de produção, antes através do artesanato, dá lugar à manufaturação, que por sua vez, perde espaço para o poder da grande indústria, capaz de produzir mais, mais rápido e por um preço menor. Em consequência, a Burguesia ganha espaço rapidamente, os centros urbanos crescem e com eles a demanda de produção que agora, além de interna, visa também os mercados externos, e a população, que antes vivia nos campos, com suas pequenas propriedades produtoras são esmagadas pelos grandes indústrias, o até então Artesão e Manufatureiro são empurrados à margem da sociedade, tendo como única alternativa adaptar-se às novas exigências do mercado e migrar para a indústria.
A indústria diminui a distancia entre as nações com poder competitivo no mercado, ao passo que as que não possuem recursos se tornam apenas fornecedoras de matérias prima, aumentando assim também a desigualdade econômica entre os países já prejudicados pelas explorações sofridas em outros tempos, a Burguesia se desenvolveu de modo tão grandioso que se tornou uma maquina quase incontrolável, que gera mais indústrias do que precisa, para produzir mais produtos do que o mercado consumidor pode absorver, criando