Eleições 2014

ELEIÇÕES 2014

As eleições de 2014 foram, talvez, umas das mais esperançosas no quesito mudança. Tanto se falou em um novo jeito de governar, em uma nova política, e foi dada certa atenção a candidatos fora da polarização PT-PSDB. Porém, aos poucos, a polarização foi tomando conta novamente.
Após a morte de Eduardo Campos, candidato do PSB, Marina Silva tomou a frente da candidatura desse partido, recolheu paixão por boa parte dos brasileiros, e entrou no meio da polarização. PV, PSOL, e outros partidos pequenos foram deixados de lado. As pesquisas só apontavam resultados de Marina, Aécio ou Dilma. E os três prometiam uma política nova. Mas qual política nova?
Dilma mantinha seu plano de governo, um pouco diferente, mas seguindo a mesma base que os 8 anos anteriores de Lula. Aécio dizia para acabar com esses 12 anos de PT, e mudar. Mas e os tantos anos anteriores de PSDB no governo? Suas propostas eram conservadoras, e não propostas de Aécio, mas sim do PSDB, como sempre foi. E Marina apresentava um plano de governo tão confuso quanto parecido com propostas de seus dois concorrentes. A mudança era de nome, não de governo.
E passou-se pro segundo turno a decisão, entre Dilma e Aécio. Não bastasse os escândalos tão amplamente divulgados, tão discutidos nos debates por candidatos de partidos menores, o PSDB marcou sua presença com uma infinidade de votos, principalmente na região Sul e Sudeste do Brasil – a mais elitizada, digamos.
E agora vem o segundo turno, votando com os discursos antigos da disputa PT-PSDB, um atacando o outro diretamente, o enfático discurso do medo, tentando persuadir o eleitor da forma mais baixa possível. Mas continuamos com as velhas propostas maquiadas de inovações, e o grande bordão das eleições: “Governo Novo”. Mas, pra quem será esse governo novo? Para a elite, ou para o povo? E será mesmo um novo governo, ou só um nome novo pra um governo conservador, velho, ultrapassado, que só procurou sinônimos para suas propostas? Antes de