O fenomeno das drogas ilícitas

Reflexão sobre a fenomenologia das dependências

Resumo:

Com o passar dos anos, o ser humano vem cada vez mais buscando recursos, sejam eles quais forem, para se alcançar o ideal de prazer e felicidade plena, sejam esses á longo ou curto prazo, desde que se tenham ambas as sensações.

A dependência em si, pode envolver outros meios além do uso propriamente dito de drogas ilícitas ou licitas, pois há outras formas de se buscar essa sensação de prazer, como por exemplo, o jogo patológico e o sexo compulsivo.

Filosoficamente, define-se essa busca compulsiva pela felicidade como a busca pela não dor, ou amenização de sofrimentos que acaba resultando nessa fuga instantânea da realidade para um arcabouço cultural que imprime o homem em um lugar que não é mais absolutamente natural.

A busca do prazer é um dos fins necessários da condição humana. O homem não apenas se alimenta para saciar a fome, ele também se deleita com o que escolhe e prepara, isso tudo vem da racionalidade que complementa e diferencia a espécie humana.

GRÉCIA: FELICIDADE ALCANÇADA NA BUSCA DO PRAZER OU DA SABEDORIA?

Dentro do cenário onde o tema do prazer protagoniza as primeiras inquietações a respeito do que realmente funda o estado de felicidade, encontraremos duas perspectivas de pensamento aparentemente opostas. De um lado a “Doutrina Hedonista”, fundada por Aristipo de Cirene, ex discípulo de Sócrates, e de outro, a “filosofia platônica”.

O Hedonismo- O termo é indicado tanto para designar a procura indiscriminada do prazer, quanto para nomear a doutrina filosófica que considera o prazer como único bem possível.
Além disso, o Hedonismo justifica a procura pelo prazer através de necessidades do corpo, descartando questões espirituais ou da alma do ser humano.

Platão- O filosofo irá abordar o tema do prazer explicitamente no Filebo, retomando uma discussão contemporânea, a saber, o que deveria ser o supremo bem, aquilo que deve ser o fim da vida humana, a busca do