O ensino de História: tendências de uma Ciência Patriarcal Mulher e educação: na Colônia brasileira

4861 palavras 20 páginas
O ensino de História: tendências de uma Ciência Patriarcal
Mulher e educação: na Colônia brasileira

Texto
Jhone Silva Santos1

O quê ciência e patriarcalismo tem a ver com história e ensino? Simples, são frutos de uma mesma lógica, como diria Londa Schiebinger: são símbolos da mesma cultura opressora, construída por um
"único sexo", com a finalidade de dominar a mulher, e mantê-la sobre um espírito de subordinação. A ciência durante o seu longo processo de formação, e de divisão dos saberes, claro, de revolta contra a cultura eclesiástica, de continuidades e descontinuidades, se instituiu, sendo então a razão a qual a humanidade (homem) seria representada. Aquele antigo jargão em que, " A ciência foi construída por homens, o motivo do qual a razão conduziria a sociedade a perfeição". É um discurso enganoso. Como poderíamos compreender o verdadeiro significado de perfeição, de razão se o próprio ato discursivo ele exclui aquelas mulheres que desde o século XVII e XVIII, se expressavam de diferentes maneiras, e foram mantidas em silêncio até o aparecimento da perspectiva socioconstrutivista nos campos das ciências. Estas questões são importantes porque, foram estas letras que formaram as disciplinas escolares, a própria historiografia, em que educaram durante a história homens e “mulheres”. "A busca por uma definição de disciplina escolar é um passo importante na elaboração de uma análise da construção da
História como disciplina escolar, (Fonseca, p.15). Por isso é necessário reconhecer que a ciência pósmoderna é a única que pode reivindicar o título de ciência da razão, pois foi ela que desmascarou a arqueologia do saber, hierarquicamente construída por ideologias com fortes tendências ditatoriais.
O posicionamento de Londa Schiebinger é justificável, entretanto, para aqueles que trabalham com a perspectiva do discurso, para o pesquisador deste segmento, seria limitador assumir uma postura que mulheres fazem ciências melhores que os homens.

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