O dinheiro e sua transformação ao longo do tempo

O conceito de transformação do valor do dinheiro no tempo através da determinação dos juros ou, custo deste ao longo do tempo (se assim preferir), não é algo discutido apenas nos dias atuais.

Sabemos que para diferentes períodos de tempo, valores de dinheiro referentes à receita ou desembolso apresentam diferentes valores econômicos, mesmo que estes ainda correspondam ao mesmo valor monetário. A disponibilidade para uso deste dinheiro e fatores externos como inflação são determinantes no que diz respeito à valorização ou não deste.

É partindo desta premissa que este trabalho tem como objetivo mostrar, tanto para aplicação quanto para a aquisição de recursos, as vantagens e desvantagens dos regimes de capitalização.
A maneira como se comporta o capital no tempo é dependente de como este foi aplicado. Em outras palavras, dependente do regime de capitalização.

Um dinheiro recebido numa data “A” anterior à outra “B”, pode ser aplicado de modo que este se transforme numa quantia maior do que se este fosse recebido apenas em “B”, já que no intervalo de tempo entre uma data e outra houve a possibilidade de investimento.

Conhecer os tipos de capitalização é algo fundamental para a tomada de decisão, bem como avaliar os riscos levando-se em conta os diferentes investimentos disponíveis.

No sistema de capitalização simples os juros são calculados baseados no valor da dívida ou da aplicação. Dessa forma, o valor dos juros é igual no período de aplicação ou composição da dívida isto é, não há incidência de juros sobre os juros acumulados. Devido à variação linear de sua taxa, a aplicação deste regime é pouco utilizada no mercado. De maneira prática, podemos encontrar juros simples em processos de desconto simples de duplicatas ou operações de curto prazo.

No regime de capitalização composta, os juros produzidos num período serão acrescidos ao valor aplicado e no próximo período também produzirão juros, formando o chamado “juros sobre juros”. A capitalização