O CONCEITO DE PATRIMONIO
O conceito de preservação do patrimônio histórico surgiu no período Renascentista por volta do século XV quando o interesse se volta às obras da Antiguidade Clássica.
E foi devido à admiração pela arquitetura, pelo modelo da história e o ideal da antiguidade clássica que tinham os renascentistas que se iniciou o processo de estudos e levantamentos das obras existentes, templos, termas, teatros, de modo a se preservar a herança clássica (JANSON, 1988).
Durante o período renascentista, as ações de restauro não tinham o mesmo significado de hoje. Houve uma série de intervenções em edifícios da antiguidade, mas com um caráter mais prático, buscando a conservação do edifício através de trocas de coberturas e intervenções para dar “novos usos ao edifício” (KÜHL, 1998, p.180). Contraditoriamente, neste mesmo período, os mesmos edifícios admirados, também serviam como base para aquisição de materiais para novas construções, processo este, mantido durante anos.
Já durante o século XVIII, o espírito de conservação de monumentos históricos aumentou e se dissipou entre arquitetos, arqueólogos, historiadores e estudiosos de arte. Neste período, a Antiguidade Clássica voltou a ser o centro das atenções (JANSON, 1988). A grande importância deste período foi a insistência de alguns estudiosos para que fossem feitos estudos mais detalhados das obras existentes, antes que se iniciassem as intervenções e/ou obras de restauro propriamente ditas. Em alguns casos de obras que estavam em ruínas foram usados novos materiais, divergentes dos já existentes, gerando assim uma distinção entre o período em que foi construída e o período de sua restauração (KÜHL, 1998).
Se o início do século XVIII foi marcado pela conservação, o final do século foi marcado por revoluções, em especial a Revolução Francesa. E foi justamente devido aos atos de vandalismo e saques às obras de arte em geral sofridos durante a Revolução, que surgiu na França uma convenção