Fisioterapia

8736 palavras 35 páginas
CAPÍTULO 9: FISIOPATOLOGIA DO EDEMA
Antônio Carlos Seguro, Cláudia Maria de Barros Helou e Roberto Zatz

Definimos edema como o acúmulo anormal de fluido em qualquer parte do organismo. Em geral, o termo edema, utilizado sem qualquer qualificativo, refere-se à acumulação de um ultrafiltrado de plasma no espaço intersticial, devido a uma alteração patológica das forças que governam o movimento de fluido através das paredes capilares (forças de Sarling). Esse processo, também denominado transudação, é o que leva à formação de edema localizado, como nas insuficiências venosas periféricas, ou generalizado, como na insuficiência cardíaca congestiva, na síndrome nefrótica e na cirrose hepática. Um caso particular de transudação é o edema pulmonar, comum na insuficiência cardíaca congestiva e potencialmente letal por levar a uma insuficiência respiratória aguda.
Vários tipos de edema podem ocorrer através de mecanismos diferentes dos do edema por transudação, não podendo ser confundidos com este último. O edema linfático não resulta diretamente de uma alteração primária das forças de Starling no capilar, e sim de uma obstrução dos vasos linfáticos em um ou mais territórios. O edema inflamatório, como o nome indica, acompanha processos inflamatórios, em geral de natureza aguda, nos quais a permeabilidade capilar a proteínas aumenta de modo súbito e muito intenso, fazendo com que um fluido rico em proteínas plasmáticas (neste caso denominado exsudato) passe ao interstício. Finalmente, o edema intracelular ocorre em casos de diminuição da tonicidade do meio extracelular, como nas desidratações hiponatrêmicas (Capítulo 7) e na síndrome da secreção inapropriada do hormônio antidiurético (Capítulo 11). Essa modalidade de edema, cuja manifestação mais importante é o edema cerebral, nada tem a ver, em termos de fisiopatologia ou expressão clínica, com as enumeradas acima, que constituem exemplos de edema extracelular.

ANATOMIA DOS FLUIDOS CORPÓREOS (ver também Capítulo

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