O conceito de deficiência e a educação inclusiva

O conceito de deficiência pode ser elaborado baseado em mais de um critério, o estatístico, o anatômico/funcional, ou ainda do ponto de vista sobre um tipo ideal de sujeito. A deficiência pode ser entendida como algo que foge dos padrões de tipo de ideal ou algo que não é comum estatisticamente. Quando uma pessoa apresenta algo que é diferente da maioria, pode ser física, sensorial ou intelectual. Nesse aspecto tem-se o modelo médico de compreensão também, que parte do enfoque biológico, definindo deficiência como doença, anormalidade e/ou inferioridade, é uma doença que tem quer ser tratada/curada. O importante ressaltar é que esse conceito de deficiência, que define e separa o normal e o patológico, não pode ser julgado pelo enfoque biológico, o que acaba por gerar um pré conceito do qual um sujeito com deficiência é incapacitado de realizar certas funções.
A sociedade perpassou por esses conceitos de deficiência fazendo gerar práticas sociais diferentes, primeiramente os excluiu, depois começou a atendê-los em escolas especiais ou centros de reabilitação e por fim a integração social. A Escola começou a inserir as pessoas com deficiência nas escolas regulares, sem muitas mudanças em sua estrutura física e/ou comportamental.
As pessoas que apresentavam alguma característica desviante dos padrões da maioria eram excluídas, consideradas como pessoas incapacitadas, inferiores e sem condição de viverem socialmente. Dessa forma pessoas com deficiência eram isoladas do convívio social, vivendo em um mundo a parte, sem autonomia.
Por volta de 1960, inspirados em experiências norte americanas e europeias, começaram a surgir no Brasil as escolas especiais, os centros de habilitação e de reabilitação, as oficinas protegidas de trabalho, os clubes sociais especiais e as associações desportivas especiais. A Educação Especial surgiu assim como centros assistenciais às pessoas com necessidades especiais, separados da educação comum. A ideia é que aqueles que apresentam