O arco e a lira resumo

716 palavras 3 páginas
Resumo – O arco e a lira (Octavio Paz)
A poesia é conhecimento, salvação, poder , abandono. Operação capaz de transformar o mundo, é um método de libertação interior. Definir poesia é difícil, incontestável, não tem uma receita pronta. Nega a história: em seu seio se resolvem todos os conflitos objetivos e o homem adquire a consciência de ser algo mais que passagem. Emoção, experiência, pensamento não dirigido, Cópia do real, cópia de uma cópia. A poesia imita o homem, as pessoas.
O poema é uma característica onde ressoa a música do mundo, com métricas e rimas que são apenas correspondências, ecos, da harmonia universal, voz do povo, coletiva e pessoal. O poema é uma máscara que oculta o vazio, bela prova da supérflua grandeza de toda obra humana.
Perguntando ao poema pelo ser da poesia, não confundimos poesia e poema? Já Aristóteles dizia que “nada há de comum”, exceto a métrica, entre Homero e Empédocles; e por isso com justiça se chama o primeiro de poeta e filósofo o segundo. Nem todo poema, ou, nem toda obra construída sob as leis da métrica contém poesia. No entanto, essas obras métricas são verdadeiros artefatos artísticos, didáticos, retóricos? Um soneto não é um poema, mas uma forma literária, exceto quando esse mecanismo retórico – estrofes, metros, rimas for tocado pela poesia. Há máquinas de rimar, não de poetizar. Por outro lado, há poesia sem poemas; paisagens, pessoas e fatos podem ser poéticos: são poesias sem ser poemas. Quando a poesia acontece ao acaso estamos diante do poético. O poeta é o fio condutor e transformador da corrente poética, estamos na presença de algo distinto: uma obra. O poema é uma obra. A poesia se polariza se congrega e se isola num produto humano: um quadro. O poético é poesia em estado amorfo que tira todas as palavras do estado cotidiano e é organizada de maneira inesperada, em produto eficaz, a forma; o poema é a criação, poesia que se ergue. Só no poema a poesia se recolhe e se revela plenamente. O poema não é uma forma

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