O amor segundo filósofos
Na concepção do filósofo Ateniense Platão (o amor ao bem e à beleza) o amor liberta o ser humano e o leva à verdade. Assim, o amor platônico lança uma ponte entre o universo sensível e o universo puramente inteligível, entre o corpóreo e o espiritual, entre o relativo e o Absoluto, entre o contingente e o necessário, entre o particular e o universal. Já o filósofo egípcio Plotino (O amor é desejo inesgotável), o amor purifica e eleva o ser humano. Produz efeitos catárticos de importância fundamental, sem os quais o caminho da conversão e do retorno fica fechado para a alma.
No pensamento do africano Santo Agostinho (o amor é tudo) o amor é o nexo que une as Pessoas divinas. Somente o amor é capaz de explicar a vida da alma e a sua possibilidade de se elevar ao conhecimento unitivo de Deus. Segundo Boaventura de Bagnoregio (o amor é a verdadeira sabedoria), a força que dá ao ser humano a capacidade de elevar-se a Deus é o amor. Muitos mais que o esforço intelectual, é o amor que torna possível uma verdadeira aproximação a Deus.
O amor constitui a essência central da própria vida de Deus. Quando amamos, afirma Tomás de Aquino (amar a Deus para amar o próximo), amamos a Deus. Na concepção de Marsílio Ficino (o amor é furor divino) o amor tem uma dimensão cósmica