A Virtude do Meio
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A Virtude do Meio Termo
Sabe- se que Aristóteles (384 a.C. ? 322 a.C.) era discípulo de Platão e criador da Ética. Caracterizou o homem (Anthropos) como ser racional e político. Seu pensamento influenciou profundamente a Santo Tomás de Aquino (1225 ? 1274) conhecido no meio eclesial como Doctor Communis Ecclesiae.
O pensamento aristotélico é tão presente em Santo Tomás que o filosofo Frances Jacques Maritain (1882 ? 1973) chega a dizer que "Tomás batiza Aristóteles". No sentido, do incorporamento feito por Santo Tomás das idéias de Aristóteles ao Cristianismo, de forma brilhante.
O que conhecemos hoje como virtudes cuja disseminação ? diga-se de passagem ? deve-se ao cristianismo tem como plano de fundo o pensamento aristotélico.
Um exemplo típico é o que Aristóteles em sua obra Ética a Nicômaco chama de "... meio termo entre dois vícios..." e que passado pelas mãos de Tomás de Aquino torna-se o que conhecemos como A Prudência. Aliás, a prudência é tratada mais profundamente pelo Doctoris Angelicus no Artigo VI da Questão XLVII da Summa Teológica.
Se observarmos a prudência seja no pensamento antigo de Aristóteles, na mentalidade Medieval de Tomás de Aquino notaremos que ela, a prudência é ordenante. Ou seja, é ela que deve "iluminar", por assim dizer, o nosso agir. Visto que, é por meio dela que ocorre o equilíbrio no ser humano. Onde de fato, o homem não se torna corajoso demais (o que se torna um perigo), nem covarde demais (outro problema). Mas o individuo assume uma postura, o que foi definido por André Comte-Sponville (1952 -...) como, Temperança em relação ao momento.
Em um mundo cheio de ofertas e procuras é essencial manter uma postura equilibrada. Não se trata de se manifestar como indiferente a realidade corriqueira, pelo contrário é estar vivamente presente e atuante, porém com uma boa dose de equilíbrio e senso de responsabilidade.
Vivemos tempos em que não nos importamos