A saúde da mulher

RESUMO
ABSTRACT

INTRODUÇÃO

O interesse em estudar a atuação de enfermeiras como Secretárias Municipais de Saúde do Estado da Bahia, surgiu como resultado da minha trajetória profissional de enfermeira, professora da Universidade Estadual de Feira de Santana na área de saúde coletiva, atuando nos campos de práticas dos serviços públicos de saúde, somado a atuação recente como Secretária Municipal de Saúde do município de Santo Estevão, no período 1997-2000. Este período coincide com o processo mais intenso de municipalização das ações de saúde no Estado da Bahia.
O cotidiano da administração local, em serviços municipais de saúde permite identificar-se inúmeras deficiências de caráter estrutural, econômico e social que não dependem somente da reorganização local. A articulação com o CONESEMS1, como vice-coordenadora da região 7 (Vale do Paraguaçú2), possibilitou o desenvolvimento de um trabalho integrado com outros municípios, visando a transformação dos serviços de saúde, principalmente no que se refere as práticas de assistência à saúde da mulher.
O curso de mestrado na área de concentração Atenção à Saúde da Mulher, contribuiu com as minhas reflexões, a partir das discussões acadêmicas e da participação no Grupo de Estudos sobre Saúde da Mulher (GEM) e de atividades no Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (NEIM).
No período de 1998 à 1999, houve um aumento significativo na cobertura de alguns programas, associado a municipalização. O atendimento ao pré-natal apresentou um crescimento de 16%. Das gestantes atendidas, 8% das mulheres compareceu a mais de 7 consultas e cerca de 45% recebeu a segunda dose de vacina anti-tetânica, 91.5% dos partos ocorreram em unidade hospitalar e 78.2% das mulheres de zona rural deram a luz em hospitais, mostrando um crescimento de 13.4% quando comparado aos valores de 1986 (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1999).
Outros programas ainda têm capacidade de