A relação entre “conteúdo e expressão” em um texto não verbal, em termos do percurso do olhar.

Texto Verbal, Não Verbal e Sincrético

O texto é um evento comunicativo em que reúnem-se ações linguísticas, sociais e cognitivas
Quando dialogamos com outras pessoas, lemos nosso livro, jornal ou revista preferida, escrevemos uma carta, um poema, estamos utilizando o texto verbal, pois transmitimos informações através da palavra, que é o código.
Já no texto não verbal, o código utilizado é a simbologia, gestos, tom de voz, postura corporal, etc. A dança, a fotografia, a escultura e a pintura são formas de expressões artísticas que se baseiam nessa linguagem. Um exemplo bem corriqueiro de texto não verbal são as placas de trânsito. Na maioria das vezes não há nada escrito nelas, somente um símbolo, mas a pessoa que tem conhecimento saberá o que fazer ao se deparar com uma, seja numa estrada ou nas vias públicas.
Há também o Texto Sincrético, ou seja a fusão das duas formas de linguagens. A exemplo temos as charges, as tirinhas, os HQ, o teatro, filmes, etc.

Vamos analisar esse trabalho, que é um Texto Não Verbal, a relação entre o conteúdo e a expressão, através da Semiótica Visual:
O que é o plano de conteúdo? Nada mais é que o que o texto quer nos dizer, seu significado. E o plano de expressão? É como o conteúdo é expressado em um sistema de comunicação, seja ele verbal, não verbal, sincrético. Nesse caso não verbal.
Vamos à análise desta obra de um pintor muito famoso.
Van Gogh (Zundert, 30 de Março de 1853 — Auvers-sur-Oise, 29 de Julho de 1890) foi um pintor pós-impressionista holandês.

“O Quarto de Van Gogh em Arles” – 1889 – óleo sobre tela 920 x 730 mm

Nesta obra que teve três versões, o pintor retratou o seu quarto numa pensão na cidade de Arles, França. O plano de expressão é linear, que é o traçado feito por meio de linhas. A valorizaçao é lúdica.
A imagem transmite sensação de repouso, individualidade, embora o mais perceptível seja o sentimento de solidao e angústia do estar só. Os quadros na parede sugerem nostalgia de entes