A primavera dos povos

Hobsbawm neste primeiro capítulo se refere ao período da revolução de 1848 que, apesar de ter um caráter predominantemente liberal, trouxe consigo um novo elemento que foi a forte participação do proletariado.
Pela análise do texto, é perceptível o uso de metáforas pelo autor, para dizer que havia um sinal rondando a Europa. Quando o autor se referiu ao termo “primavera”, ele quis traduzir a idéia de florescimento, ou seja, idéias novas estão por vir, idéias revolucionárias, portanto, uma tempestade revolucionária aparecia visível no horizonte, era a primavera dos povos que já anunciava a eclosão de uma revolução grandiosa, que provavelmente decidiria, por um século, os destinos da humanidade. “Estamos dormindo sobre um vulcão... Os senhores não percebem que a terra treme mais uma vez? Sopra o vento das revoluções, a tempestade está no horizonte. (Alexis de Tocqueville) p. 27 É neste contexto que pela primeira vez na história da humanidade se fala em algo global.
... 1848 foi a primeira revolução potencialmente global (...) nunca houve uma que tivesse se espalhado tão rápido e amplamente, se alastrando como fogo de palha por sobre fronteiras, países e mesmo oceanos. P.28 Foi o país inteiro que entrou em colapso, não foi somente a França ou a Inglaterra.
“1848 na Europa foi a única a afetar tanto as partes“ desenvolvidas “quanto as atrasadas do continente. Foi ao mesmo tempo a mais ampla e a menos bem sucedida desse tipo de revoluções”P. 29 Apesar das revoluções de 1848 serem consideradas “potencialmente globais”, os trabalhadores não tinham ainda uma organização, tanto é que algumas monarquias voltam ao poder como se nada tivesse acontecido, isso porque os trabalhadores ainda não tinham estrutura. P.28 Suas estruturas sociais diferiam fundamentalmente, exceto por aquela prevalência substancial e praticamente universal dos homens do campo sobre os da cidade. A população urbana especialmente das grandes cidades eram